Eu não sou um fã do Jars of Clay. Fui apresentado a eles pela amiga Karina, que agora mora longe. Na época já não me agradou tanto. E veja bem, estou falando de quando eu tinha lá meus 16 anos. A última vez que ouvi alguma coisa foi por volta daquele tempo, em 2003 mais ou menos. Apesar de não ter gostado tanto, achei o som bem curioso e baixei outro, no qual algumas faixas me agradaram mais. Porém, na época, nada perto do meu prazer em ouvir outras coisas.
Pois bem, de lá pra cá foi zero. Não ouvi mais nada da banda. E eles nunca pararam. Seu novo CD, Good Monsters, foi eleito pela Christianity Today como o melhor CD lançado em 2006. Em segundo lugar está o Mute Math com o seu debut.
E vejam só: Mute Math eu descobri por acaso numa comunidade de indie cristão que existe no orkut. De repente ele está na lista dos melhores da revista top top americana. Ouvi, pirei, etc. Todo mundo sabe que vivo falando e ouvindo essa pérola.
Deixei o Jars of Clay então para um pouco mais tarde e estou aqui, terminando de dar uma “revisada” neste novo CD. Pois bem, dessa vez eles me encantaram. Não sei se foi meu ouvido que mudou ou eles que evoluíram (já que não acompanho a discografia dos caras). Mas as primeiras faixas do disco me agradaram demais, especialmente a primeira, Work, que diz:
“Não tenho medo de me afogar
Respirar é que está me dando todo este trabalho”
A instrumental bem-humorado de Dead Man (Carry Me) pega de jeito os desavisados nesse mundo:
“Então carregue me
Sou apenas um morto
Deitado no tapete
Não encontro uma batida do coração
Faça-me respirar
Quero ser um novo homem
Estou cansado do velho homem
Tire de mim o velho plano”
Ainda não me bate muito bem esses toques de country que dão em algumas faixas do CD, como em Even Angels Cry. Há uma clara influencia do Johnny Cash nessas músicas, porém, o CD é muito mais intenso e menos clichê justamente nas faixas mais rock como Good Monsters. Esta, que dá título ao CD é uma ótima reflexão sobre os bons monstrinhos que vagam hoje pela a América. E aí está o maior mérito do Jars: escrever letras que já não possuem mais reflexões do estilo evangelical, ou de uma arte espiritualizada diretamente – vide a brilhante capa do álbum.
Jars Of Clay – Good Monsters [Essential Records] 2006
Ricardo Oliveira
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=-PYqCzMlRy4]
eu não conheço nenhuma das bandas.
o mute math eu jah ouvi falar pq jansen descobriu e adora.
to precisando ouvir.
;*