Sou cinéfilo por natureza e, como muitos deles, viciado em listinhas. Embora tenha dificuldade em fazer as minhas na hora de decidir a ordem de preferência, eu, por exemplo, tenho a lista de todos os filmes que vejo desde 2003. Ao todo, tenho mais de 620 filmes contabilizados. Claro, tem muitas revisões nessa historinha. Filmes que de lá pra cá vi mais de 4 vezes e etc.
Hoje então venho convidar alguns amigos blogueiros a responder comigo, quais os 05 filmes que mudaram suas vidas? Não é uma lista de “melhores filmes”. Até porque eu mesmo não conseguiria redigí-la. Mas, um top top de filmes que fizeram história para você. Filmes que depois deles…potoff. Claro, impossível que a maioria dos filmes dessa lista não entrasse no top top melhores. Assim, como tenho minha dificuldade com “ordens de preferência”, desconsiderem a numeração…é somente para organizar.
1. Nascido Para Matar (Full Metal Jacket), de Stanley Kubrick
Quando meu pai comprou nosso primeiro aparelho de DVD em 2001 eu fiquei maluco e pedi a todos os amigos que me emprestassem alguns filmes. Um dos primeiros que vi nessa época, e que me deixou completamente pirado por cinema, foi esse aí. Está entre os menos comentados na obra de Kubrick, mas, pra mim, é o melhor filme sobre o Vietnã já feito. Razão: cinema com verdade, sem frescura e mostrando a capacidade que um ser humano tem de destruir o outro sem nenhuma arma de guerra.
2. Touro Indomável (Ragging Bull), de Martin Scorcese
Vi essa obra-prima somente em 2005 e, ao contrário da maioria dos fãs de Scorcese, considero Touro Indomável bem superior ao clássico Taxi Driver. Isso porque ninguém nunca mostrou a brutalidade do boxe com tanta beleza sem precisar do vermelho sangue: o filme é todo em preto e branco, mesmo tendo sido rodado nos anos 80. Preciso rever urgente. Urgente.
3. Dogville (Dogville), de Lars Von Trier
Lembro que, em 2003 quando baixei Dogville, o fiz sem ter nenhuma razão para isso. O filme ainda não havia sido lançado comercialmente – apenas em Cannes, onde perdeu a Palma de Ouro para o fantástico Elefante. A questão é que, até hoje, eu tenho esse filme na mesma versão de 2003: quase três horas de duração que mudaram meu jeito de ver a possível humanidade de todos nós. A decadência do ser humano está ali, numa metáfora hiperbólica sobre uma cidadezinha que representa o mundo.
4. A Vila (The Village), de M. Night Shyamalan
Ao contrário de boa parte da população brasileira que viu esse filme, eu o amo. Fui beneficiado pelo fato de que não o assisti no cinema e lembro de nada do marketing fajuto que resolveram usar para atrair público. Ainda assim, fui pensando num filme de suspense; encontrei um filme de amor, e dos mais belos já feitos. O conteúdo dessa obra-prima rende livros para toda a vida e eleva ao máximo a poesia visual sobre os caminhos cruzados do amor e do medo.
5. Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller’s Day Off), de John Hughes
No ano em que nasci, Matthew Broderick protagonizava o filme que marcaria a minha infância de Sessão da Tarde anos depois. Um típico clássico oitentista que está na lista puramente por razões saudosistas, não dá pra deixar de incluí-lo. Lembro do sonho infantil de fazer o mesmo que Ferris, enquanto que eu não passava apenas de um Cameron.
Então, deixo este Meme para os seguintes amigos da blogoesfera:
1. Sérgio Pavarini
2. Thiago
3. Whaner Endo
4. Luís Fernando Batista
5. Thiago Falcão
Ricardo Oliveira
Fala, Ricardo.
Cara, cinema não é muito minha praia… Não to acostumado a assistir muito aos filmes no circuito alternativo, como o nosso amigo Pavarini, por exemplo. Sou mais chegado aos blockbusters, mesmo…
Mas, lá vai os 5 filmes (sem pensar muito) que me marcaram:
1. Star Wars IV – A new hope – lembro que fui muito impactado com a série Guerra nas Estrelas, como todo moleque da minha época. Depois de assistir ao filme, decidi que queria ser piloto ou, pelo menos trabalhar na área aeronáutica. Pior é que a fixação durou muuuito… Cheuguei a prestar ITA (fiquei na lista de espera) Pensei em fazer AFA – Academia da Força Aérea… No mesmo ano entrei na Poli/USP, mas para fazer Eng. Civil… É claro, que larguei o curso e fui fazer comunicação… hehehe…
2. Ssssss – Cara, esse filme foi marcante, pois assisti quando era bem pequeno… Lembro que fiquei muitas noites com medo de dormir e, sonhei vários dias seguidos com aquela cena do cara que ficou no meio da transformação… Foi o primeiro filme de “terror” que me aterrorizou…
3. Blade Runner – Cara, como vc pode ver, sou aficcionado por SciFi. O ambiente desse filme ainda me deixa hipinotisado… Gosto muito da cena em que o Deckard está analisando uma fotografia para ver se encontra alguma pista… É alucinante, imaginar uma máquina daquela.
4. A Fantástica fábrica de chocolates – O original, é claro. Lembro que a minha família sempre se juntava prá assistir esse filme. Como era bom ficar sob o cobertor com meus pais e irmãos, comendo pipoca e imaginar, que um dia o gobstopers seria realidade…
5. A trilogia O Senhor dos Anéis – Cara, achei fantááááááástica. Tudo: a adaptação, o roteiro, os efeitos especiais… To tentando consegir a versão do diretor, prá adicionar algumas horinhas a mais nas quase dez horas, mas tá difícil.
Dá prá perceber um pouco a influência de CS Lewis em Tokien, vc não acha?
Bom, é isso. Espero que vcs não tirem barato de mim por ser tão colonizado… 8-)
Vou ao cinema pra tentar deixar o olhar mais “afiado”, qualidade fundamental p/ quem intenta criar imagens por meio das palavras.
Sou meio desligadão em relação a nomes de autores e diretores. Tampouco me lembro de detalhes em determinadas cenas, como geralmente acontece c/ quem merece o epíteto de “cinéfilo”.
Escolhi cinco filmes que não mudaram minha vida, mas me vieram à memória e, portanto, em alguma coisa mexeram comigo.
1. Meu tio da América (Mon Oncle d’Amérique), de Alain Resnais França, 1980.
Dia desse um primo me escreveu falando desse filme e da saudade daquele período que vivemos. Filme e músicas têm esse poder mágico de nos transportar através do tempo.
2. Montenegro (Montenegro – Or Pigs and Pearls, Suécia/Inglaterra, 1981), Dusan Makavejev. Um dos raros filmes que vi mais de uma vez. Em uma palavra: perturbador.
3. Camelos também choram (Die Geschiche von weinenden Kamel, Alemanha/Mongólia, 2003), Byambasuren Davaa e Luigi Falorni. Um amigo sempre brinca comigo perguntando se tinha + de 5 pessoas na sala de cinema, aludindo aos filmes desconhecidos que escolho de vez em quando. Este é um ótimo representante da ala iraniana e afins.
4. O Cheiro do Ralo, Heitor Dhalia. A-do-ro filme nacional, talvez pelo prazer de contrariar aqueles que escolheram meia dúzia de clichês p/ embasar sua existência monótona. Esse certamente foi um dos melhores filmes que vi em 2007.
5. Medos Privados em Lugares Públicos (Coeurs/Private Fears in Public Places, França/Itália), Alain Resnais. Só agora vi que o Resnais apareceu duas vezes nessa listinha despretensiosa. A pulsão descompassada entre religião e sexo fornece pistas importantes p/ se entender crises vividas no meio do povo de Deus. Preciso escrever um texto s/ esse filme.:)
Big abraço, Ricardo.
To falando… Po, Sergio. Precisava humilhar? hehehe…
nueeeesa, sérgião!
bela lista amigo…não vi nenhum e correrei pra ver assim que possível (já que Resnais e iranianos em terras paraibanas são bem raros). =]
Olá Ricardo, aí vai meu primeiro comentário no seu blog, tb sou cinéfilo e adoro essas listinhas, eu vou falar os 5 que vieram na minha cabeça agora, pq tem muito mais, mas há uns filmes que me fizeram ter vontade de entrar nessa coisa doida de fazer arte, então aí vai: (em desordem de importância)
1. Paisagem na Neblina (Theo Angelopoulos) – É um dos filmes mais lindos e simples que já vi, adoro a beleza que vem da coisa mais simples do mundo, e esse filme é demais, uns planos sequências imensos, adoro…
2. Lavoura Arcaica (L. F. Carvalho) Esse filme me fez ter vontade de fazer filme tb, é um filme um tanto difícil, mas e uma idéia levada até as ultimas consequências, soberbo, e pensar q foi feito aqui no Brasil, sem falar de seca ou favela, é um filme sobre uma família e o encontro de um jovem com o mundo, se passa na”geografia da alma” como o próprio diretor afirma.
3. O Fab. Destino de Amelie Poulain- eu não posso deixar de citar essa filme, é massa demais… inventivo, tocante, eu sou apaixonado por esse filme, acho que assim que se consegue fazer uma obra-prima, uma história que atinja a todos, sem limitar conhecimento ou classe de ninguém, e ainda ser rico e poético.
4. Gritos e sussurros (ou toda a obra de Bergman): Esse filme é realmente uma coisa que vai além, é um cinema que lança pontes, um filme feminino, vermelho, o cinema do silêncio, do encontro com o obscuro do homem (da mulher) e tudo isso de forma muito tocante, causando emoções diferentes, ninguém sai ileso desse filme.
5. Eita caramba, é o último. Ainda tem um bocado. Mas lá vai, vou citar A Liberdade é Azul, é outro filme silencioso, denso, cheio de solidões, e com uma atriz que é somente a incrível Juliete Binoche, até que ponto a liberdade não leva a gente outras prisões, o filme fala sobre isso.
É isso aí gente, valeu, me diverti um pouquinho, espero que assitam…
Abraço terno
André
Caramba, ainda faltou “Laranja Mecânica”, “Morte em Veneza”, caramba “Nós que nos amávamos tanto” ficou fora, adoro esse filme, tinha que ter entrado na lista… Ah, tem tb “Os trapalhões e a árvore da juventude”, foi o 1º filme que vi no cinema, eu lembro q fiquei com medo da tela imensa, eu sentei na primeira fila, hehehe… sei mais não, tá bom de filme, chega, né?
abraço terno
André
Oi Ricardo, obrigado pelo convite, como o nível aqui está elevadíssimo, convido a ir para meu blog conferir e evitar as comparações
http://www.luisfbatista.net
Um abraço