Novo VT do Audi, Sprite Azul. E Al Gore?

Fim de período, entreguei os últimos trabalhos e ando chegando à reta final. Tive uns probleminhas de indecisão e vou ter de cursar um período a mais. Isso vai me permitir uma preparação maior para monografia (fato que me deixa satisfeito), porém, com chances de ficar até junho ou, até mesmo, agosto pela UFPB. Isso só vai me complicar se acabar atrapalhando planejamentos para o segundo semestre de 2008. A verdade é que eu ainda quero investir muito tempo da minha vida estudando comunicação. É a minha vida mesmo. E Al Gore, o que faremos?

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[Audi]: Interessante notar como este vt parece ser uma espécie de resposta ao premiado vídeo do Honda Accord do qual falei aqui em agosto. Entre os dois há a clara semelhança de investir em efeitos visuais que deixem o espectador impressionado. Porém, com o lançamento desta campanha do Audi reparo nas diferenças bastante interessantes que resultam:

• O vídeo do Accord, apesar de não parecer, é totalmente realista: a estrutura montada foi feita por engenheiros especializados, junto aos diretores da peça. De tão bem elaborado e, com a sensação de “impossibilidade” que traz, parece ter sido feito por computadores. O sentido de perfeição que existe na campanha (logicamente sendo símbolo para o carro) traz então uma outra sensação: tecnicismo; mundo industrial ultrapassando fronteiras.
• Já o video do novo Audi R8 vem com características que podem ser claramente comparadas ao da Honda: aqui vemos uma campanha que mostra um carro sendo cuidado com um zelo humano, elaborado por gente em todas as suas instâncias. Tudo sendo elaborado por “carne e osso” (ainda mais enfatizado pela roupa usada pelos atores). Porém, tudo tratado com efeitos digitais impressionantes que não nos permitem, num primeiro olhar, notar que são humanos (assista ao making of). Logo, a técnica dessa nova era veio para dar uma sensação diferente: é o carro perfeito, porém, com o toque “imperfeitamente” humano – talvez o toque que o usuário de um R8 queira.
• E vocês, gostam mais de qual? Eu ainda estou indeciso, porque os dois são geniais. Detalhe muito interessante é a belíssima trilha sonora do vídeo do Audi que é cantada por Simone White, que não conheço, mas tem um som muito parecido com cantoras que amo como Regina Spektor. Além do fato do diretor ser irmão do Michel Gondry.

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[Garrafa Sprite]: Cheguei na padaria e fui pegar uma Sprite 600ml. Encontro umas garrafa s azuis, com o rótulo da Sprite e pergunto ao dono se tinha alguma coisa nova. Ele brincou, disse que essa era mais gostosa. De imediato, entrei na brincadeira e perguntei se era uma dessas novas águas com sabor. Não, era realmente Sprite.

Aí vem a questão: já há algum tempo o refrigerante investe na campanha do “liberte-se da sede”, que nunca deixou de existir – mesmo com a recente “as coisas como são”. O conceito da primeira, claro, é diretamente associado a um refrigerante que alivia tanto a sede quanto uma boa água geladinha. A Sprite é favorecida por sua transparência, porém, por ser de limão, sempre usou a garrafa verde. O azul então viria para buscar enfatizar ainda mais o conceito do “liberte-se da sede”?

Qual a linha que separa o marketing do design de produto?

– procurei a imagem da nova garrafa na internet e não achei. E, não: eu não estou confundindo com uma possível Sprite Zero de garrafa azul.

Ricardo Oliveira

Fonte: Brainstorm#9 (Audi) / Desencannes (Al Gore).