[Fest Aruanda] Último dia da mostra competitiva



O Labirinto (RJ)

– A notícia veio por e-mail: teríamos no 3° Fest Aruanda um curta premiado em Brasília por sua montagem. A questão torna-se mais complicada para análise quando percebemos que tal edição de imagens procura trabalhar em cima do acronológico. Logo, um tipo de montagem que geralmente impressiona por si só, se bem realizada, claro. Se O Labirinto firma- de forma válida neste ponto – construindo de maneira interessante o sentimento que pretende passar -, talvez peque por não nos deixar sinais (mesmo que metafóricos) que ajudem a descer tão fundo quanto ele pretende ir na mente da personagem. Merece revisão. Lembrou-me Lynch e também tem um belo plano que acredito ser homenagem a Um Corpo que Cai.

Café La Rochelle (PR)

– Humor non-sense rendeu poucos aplausos ao final. Interessante como trata com delicadeza as estranhezas.

O Guardador (PB)

– Apesar dos problemas técnicos com as imagens, o documentário ganha bastante por sua figura inusitada. Tivemos nesta noite de sexta uma temática que girou em torno da morte e talvez tenha sido este que a tratou de modo mais direto, cru. Engraçado o plano no qual o câmera pareceu se assustar com o defunto que o técnico tira de dentro do tanque.

O Bolo (PB) foto.

– Curta campinense que já havia assistido no Cineport, em maio. Apesar de até gostar da maior parte do cuidado com os planos do filme, da interessante direção de arte, creio que complica-se bastante com sua história um tanto frágil e aquela animação um tanto dispensável.

Lumém (MG)

– Talvez seja o que de mais bem produzido vimos na mostra competitiva. E mesmo assim, ainda tratamos de um filme pequeno em certas proporções. Um curta de animação que realmente se diferencia de todo o resto apresentado, contando inclusive com uma excelente idéia.

Vai Indo que eu Já Vou (SP)

– Outro doc sobre a morte. Dessa vez, entrevistando pessoas “comuns” (comparando aqui com o estranhíssimo personagem de O Guardador) que trazem depoimentos bem-humorados sobre o tema mórbido. Fica por aí.

Esconde-Esconde (RJ) foto.

– A atenção dada ao velhinho é interessante porque se constrói de uma forma sutil e elegante com o espectador. O que deveria, a princípio, ser somente um drama familiar, torna-se num filme à la Shyamalan – no quesito virada supreendente. Veja-o inteiro no Porta Curtas.

Fida (PB)

– Stop-motion até bem cuidado, feito por uma galera de Campina Grande. A história começa bem-humorada e termina sem consistência.

Cine Madrigal (BA)

– “Ué…acabou?” A gente ficou sem entender: nem créditos apareceram e realmente foi estranho ver um documentário, de repente, acabar. Parecia que tudo iria render mais algum tempo, contando algo mais que realmente não veio.

O Clube dos Suicidas (SP)

– Outro de humor non-sense, dessa vez, dos mais interessantes. Incrível como agora, conferindo o conto homônimo de Moacyr Scliar no qual o curta se baseia, percebe-se que o diretor tinha praticamente um roteiro pronto para o personagem do locutor. E o texto, bem como o filme, é realmente de mestre.

Fugitive (SP)

– Comentário pós-filme: quer tirar onda, tire. Mas tire direito!

Lado B (BA)

– O mundo dos vinis merecia algo menos fechado a narrar e ilustrar que mundo é esse.

Amanhã divulgo minha lista de melhores do festival. Queria ver a de vocês também. Preparem ae e postem, ok? =) Confiram o trailer do ótimo Esconde-Esconde:

Ricardo Oliveira

3 Replies to “[Fest Aruanda] Último dia da mostra competitiva”

  1. De fato a melhor noite do Festival.

    O melhor para mim foi o Esconde-Esconde.

    Roteiro fantástico. O melhor.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *