[Melhores de 2007] Cinema

Sem dúvida o meu melhor ano de cinema. O fato de termos um Cineport em João Pessoa com certeza ajudou consideravelmente. Foi lá onde assisti lindos documentários que entrariam num Top 20, certamente. Estamira e Cartola são filmes pra não se esquecer. No fim das contas, juntando todos os curtas e longas vistos no cinema, festivais, Tv, Pc e Dvd, foram mais de 225 obras até agora (o meu recorde pessoal, num crescimento de mais de 100 títulos comparando com 2006). Aqui, faço uma seleção rigorosa em parte, livre em outra. Primeiro que evitei números quebrados e fechei realmente num Top 10. Segundo que, no caso do cinema, é mais fácil limitar realmente ao ano de lançamento. Algumas coisas entraram em festivais no ano passado ou coisas do tipo. Outros casos não vieram aos cinemas paraibanos. Porém, tudo foi lançado em 2007 e, mesmo que não tenha conferido no cinema, verifiquei em DVD até quando pude (até ainda há pouco, rs) porque eu sou realmente chato com essas coisas. Dia primeiro eu posto a lista inteira, com os 225 títulos. Por enquanto, fiquem com os 10 melhores de 2007 por ordem alfabética.

Cartas de Iwo Jima, de Clint Eastwood

– Eu não acho que tenha visto muitos “filmes de guerra”. Mas vi alguns e, até então, o melhor para mim era Nascido Para Matar. O conceito mudou ao assistir este Eastwood que é infinitamente superior ao filme-irmão mostrando o drama americano sobre o mesmo fato. Visto em DVD.

O Céu de Suely, de Karim Ainöuz

O melhor cinema brasileiro é aquele que se faz sem pretensão de sê-lo. Que se deixa levar pela mão de alguém interessado em fazer arte de imagens e sons. Assim é o céu de Karim e o de Suely. Visto duas vezes: no cinema e no 3° Cineport.

Exilados, de Johnnie To

Meu primeiro To – até agora. O cara parece uma máquina de fazer cinema: a sensação que temos, revendo o filme, é que trata-se de algo perfeito demais, sem falhas técnicas. A sensibilidade (talvez aquilo que não se espera das máquinas) está toda lá e percebemos quão humanos podem ser os gangsters. Visto por duas vezes em DVD.

O Hospedeiro, de Bong Joon-ho

Salve o cinema pipoca de qualidade. Pipoca no melhor sentido: entretenimento. De qualidade num sentido melhor ainda: entretenimento anti-cinema-retardado. O melhor filme de monstro em anos. Visto em PC, Cinema e PC – nesta ordem.

Medos Privados em Lugares Públicos, de Alain Resnais

Ter assistido somente dois filmes de Resnais deve ser algum tipo de pecado para os cinéfilos. Mas, creio que vi duas grandes obras e isso me deixa feliz e, certamente, insatisfeito (querendo mais). Medos Privados é tão bom quanto O Ano Passado em Marienbad e falo aqui de dois filmes completamente diferentes, de épocas totalmente distintas. Coisa dos gênios, vai entender? Visto no PC.

Possuídos, de William Friederick

Filme perfeitamente indigesto. E isso é tudo que eu prefiro dizer. Visto no cinema.

Ratatouille, de Brad Bird

O alívio cômico da lista. Porém, não menos politizado quanto ao cinema que critica. Desde sempre que a Pixar não faz filmes para crianças e todos sabemos disso. A genialidade deles, porém, está no fato de aliar sua mensagem de forma sutil e elegante. O que dizer então de uma parceria com a Disney? Visto por duas vezes no cinema.

Sunshine – Alerta Solar, de Danny Boyle

Até onde se pode aguentar como trevas num encontro com a luz mais forte? Já não se sabe mais quem deseja salvar quem no mundo de hoje, imagine então no futuro de Boyle. Visto em DVD.

Tropa de Elite, de José Padilha

Se alguém diz a você que o defeito de Tropa de Elite é parecer cinema americano, não dê crédito. Se alguém diz a você que o problema de Tropa de Elite é ser facista, continue não dando crédito. Mas se alguém diz a você que o problema do filme é o Brasil, pense sobre talvez conversar. Visto no cinema.

Zodíaco, de David Fincher

Acabei de ver uma obra-prima. A segunda metade, praticamente inteira como metalinguagem do diretor buscando solucionar seu filme, é fantástica. Ainda há pouco, em DVD.

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Até lutei contra, mas não adicionei
À Prova de Morte na lista por ainda não ter sido lançado nos cinemas brasileiros. Meu receio é de que seja esquecido ano que vem e lhe deêm pouca atenção. Um dos melhores que vi esse ano; no PC.

Ricardo Oliveira