das notícias do país dos all stars sujos de areia da praia. é que lá já não se sabe o que é saúde. superaram-na. não há sombra de felicidade ou lamento. não é disso que é feito o viver por essas terras. de nada adiantou se quebrar pelo tempo se não há o que contar depois. os que não tem (es)histórias morrem na primeira esquina. desesperados arrumam o que fazer para relatar aos futuros netos. quebram pratos no meio da rua, tomam banho de mar às seis da manhã do primeiro dia do ano. conta-se que nunca é tarde para arrependimentos e não se arrepender, sim, é para os tolos.
– cuidado com os pratos que caem!
insistia-se que o ideal era perder todo o tempo disponível. preferencialmente, com toda sorte de futilidades que nada constróem para um mundo melhor. já não havia clichês pela sobrevivência comunitária. cheiravam flores e as esmagavam se havia vontade. e estava feito. encaravam as cruzes que viessem. perdidos, tolos.
– loucos! loucos!
perderam-se de vista, numa ladeira descontruída, duas crianças. duas mães aflitas procuravam saber como se descontruir também.
– há esperança para velhas paredes?
– fiquem tranqüilas, o ano começou agora.
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Ricardo Oliveira
aew irmão, lindo o conto apreciei com gosto a leitura.
vc crítica atitudes predominante na sociedade pós-moderna em que vivemos. chega a acusa-los de tolos e loucos! porém nós dois sabemos que temos um pouquinho disso (e tb lutamos contra isso)
abração irmão
fica na Graça