Estréias do fim de semana

PARANOID PARK
de Gus Van Sant

– É por essas coisas que eu ainda permaneço fiel, sempre que possível, ao primeiro multiplex da cidade. Depois que o arrasa quarteirão do maior shopping da cidade chegou, não restou escolha para eles além de investir vez ou outra em um material mais selecionado, para o público cinéfilo. Paranoid Park era o filme que eu mais gostaria de ver nas telas esse ano, mas era o que achava menos provável de ver. Tanto, que nem o inseri na lista de expectativas que fiz outro dia. Trata-se da nova obra de um dos meus diretores preferidos, Gus Van Sant. Sim, ele é o mesmo da obra-prima Elefante, de grandes coisas experimentais como Last Days e até de obras aparentemente comerciais como Gênio Indomável. Seu foco sempre foi investigar a juventude, a adolescência e agora ele conta a história de um estudante skatista que se envolve em problemas sérios. [Nível de Interesse: 10]

ANTES DE PARTIR
de Rob Reiner

Apesar de vir do diretor do fraquinho Dizem Por Aí (com Jennifer Anniston, Mark Ruffalo e Kevin Costner) e de parecer uma comédia daquelas que tem chance de dar muito errado ou muito certo, estamos falando de Jack Nicholson e Morgan Freeman atuando juntos. [Nível de Interesse: 8]

A ESPIÃ
de Paul Verhoeven

O filme está sendo muito bem recebido pela crítica que já o assistiu em São Paulo, tratado por alguns até como um possível “grande de 2008”. Do mesmo diretor de O Homem Invisível e Robocop.
[Nível de Interesse: 9]

O CAÇADOR DE PIPAS
de Marc Foster

Não precisa ser muito crânio pra entender que temos aqui mais um filme oportunista. Claro, assim como toda essa sequência de livros sobre a cultura islâmica nos últimos anos pós-11 de setembro. Os livros foram vendidos aos milhões e todos os meus amigos já leram menos eu que ainda não consegui um emprestado. O diretor é o mesmo do interessante Mais Estranho que a Ficção e do bonito Em Busca da Terra do Nunca. [Nível de Interesse: 6]

RAMBO IV
de Sylvester Stalone

Quem manda nos filmes de John Rambo e do Rocky agora é o próprio Stalone. Ele dirige e define o que acontece. Dizem que ele agora é cristão e faz seus filmes cheios de princípios. Não vi, não posso falar. O negócio que quem não assistiu aos primeiros filmes da série na Sessão da Tarde não teve infância. Outro dia esbarrei num deles vendo o Intercine. Depois séculos, agora crescidinho, entendi todo o contexto dos diálogos de duplo sentido sobre a guerra, a América. Nos dias de hoje então, assistir a um filme dele enquanto passamos pela crise EUA-Iraque, é outro papo. [Nível de Interesse: 7]

Confira as programações aqui e aqui.

Ricardo Oliveira