Preciso dar um tempo para a minha mente, deixar ela sair livre por aí sem nenhum obstáculo. Quero olhar as coisas sem julgar nada sobre elas, e gostaria que tudo me olhasse da mesma forma.
Um tempo para deixar de ouvir as pessoas dizerem como o mundo deveria ser. Preciso deixar que a vida bata na minha pele, e que eu a absorva numa forma de osmose vital.
Não quero ler nenhum blog que diz que a igreja deveria fazer assim ou de outro jeito, ou que os livros deveriam tratar disso ou daquilo. Quero abandonar a didática de lado por alguns dias, e ver como é viver sem a busca constante do conhecimento, e deixar que a sabedoria me abrace, em um susto, um lapso, venha e me assuste. O prazer da descoberta!
Palavras como as que eu uso nesse texto seriam banidas nesse tempo. Eu não vou querer nada, não preciso de coisa alguma, não tenho que fazer absolutamente nada. Só viver.
Alguns dias para viver, sem a busca constante do sobreviver. Não quero ser o espécime mais forte, as coisas seguirão um curso mesmo que isso signifique a minha extinção.
Quero ler textos vagos, com ou sem mensagens em suas entrelinhas. Se as entrelinhas existirem, elas saltarão aos olhos daqueles que, como eu, estarão de férias do mundo, em uma estadia na verdadeira vida.
Colocaremos um fone de ouvido! Realmente não temos que escutar nada, só a música que sai de dentro de mim. Talvez ela seja triste ou silenciosa, mas é disso que precisas exatamente agora.
Precisa falar com os amigos, mesmo que não diga nada culto. Somente balbuciar algo, e escutá-los rindo, embriagados pelo amor. Não parecer culto fará parte do seu “pacote de viagem”.
Eu preciso de pessoas perto de mim, não para usá-las, mas para que elas sejam minhas e eu delas.
Humanidade. S.O.S. Solidão…
Somente os movimentos dos lábios, os sons das palavras, pouco me importam o que digam, só quero a vida perto de mim, a vida de todos, e a minha vida em todos. Preciso que descansem em mim.
Não me digam como o mundo deveria ser, eu sei que as coisas estão erradas, mas quero que nutram um pouco de esperança. Tirem férias dos sistemas, e passeiam por sua humanidade. Encontrem aquilo que coloquei de semelhante de mim em vocês. As coisas não se ajustarão de uma hora para outra mas, assim como eu, vocês romperão de vez com tudo isso um dia.
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Thiago Bomfim é um caipira que não é mineiro, mas gosta de mastigar capim ouvindo Jars of Clay e Johnny Cash. Está montando um novo blog que, muito em breve, será lançado com coisas de indie.
Cara, muito bom o texto. Estou me sentindo assim ultimamente. Preciso espairecer, urgente!
Agora meio dia estava escutando a música Rapaz do Interior do Rafael Sonic, lembrei do Thiago!
Bom texto, nessa loucura que a gente vive sempre é bom parar e silenciar.
O Diversità está cada vez melhor.
Eu apenas virei fã disso aqui!
Texto gostoso de ler.. preciso colocar os dedos nos ouvindos e cantar:: lalalalal…
doçura seria talvez a palavra que eu usaria pra definir o que li. mas acho que nessa vida que ele quer, definições é o que menos importa.
lindo, lindo demais ;)
Izadora
essas sutilezas surpreendem…
acabei de descobrir q preciso tirar férias do mundo…
Fala meu querido Thiago…
Lindo seu texto, como é necessário isso o que descreveu, precisamos relaxar e curtir a vida como ela é…
Lindo cara e verdadeiro
Abraços
Everson, ouvi a música agora, e meu DEus!!!!Que nostalgia!
Olha o link dele aí:
http://tinyurl.com/5yr27m
Cara acabei de ler seu post no Dot Gospel, e nossa como isso falou comigo, acho que esta mesma sede de humanidade está batendo em min, digamos que estou numa fase meio ” eclesiaste” sendo assim, tudo acaba meio que sendo dessa forma, fugindo das vaidades!!!
Bom gostei do que li e voltarei mais vezes!!
Abs
zek, que bom que você gostou.
É muito gostoso sentir o quão vivas as palavras conseguem ser!
Abs