01. Lars and the Real Girl (Craig Gillespie) | PC | ****
02. O Sonho de Cassandra (Woody Allen) | Cinema | ***
03. Fim dos Tempos (M. Night Shyamalan) | Cinema | ****
04. Síndromes e um Século (Apichatpong) | PC | ****
05. O Sexto Sentido (M. Night Shyamalan) | PC | **** | Revisão
06. Na Natureza Selvagem (Sean Penn) | DVD | ***
07. Agente 86 (Peter Segal) | Cinema | ***
08. A Lula e a Baleia (Noah Baumbach) | DVD | ***
09. Um Beijo Roubado (Wong Kar-Wai) | Cinema | ****
10. Elefante (Gus Van Sant) | PC | ***** | Revisão
11. Matrix Revolutions (Irmãos Wachowski) | TV | *** | Revisão
12. Os Olhos Sem Rosto (Georges Franju – 1959) | PC | ****
– Mês bastante interessante: rever uma obra-prima (Elefante) que também está na lista dos meus 05 filmes preferidos, assistir a grandes filmes como Lars…, Fim dos Tempos e Um Beijo Roubado e continuar a cinefilia vendo cinema contemporâneo tailandês (Sindromes…) e horror o francês dos anos 50, Os Olhos Sem Rosto (obrigado, Arthur).
– A pergunta talvez seja: o que Matrix Revolutions faz aí? Ah, tem horas que o que a gente precisa é parar em frente a televisão e assistir na TNT um clássico da sua adolescência dublado.
Ricardo Oliveira
É isso aí, de vez em quando é mt bom reassistir a bons filmes como Matrix Revolutions, conhece a música do POD q foi música tema do filme? Mt bom tb
legal Ricardo, já assisti Lars and the Real Girl, e tb Na Natureza Selvagem.
Flws amigão
abraços.
Fique na Graça
Podia comentar sobre outros, mas eu quero muito sua permitissão para discordar de você, porque sou fã de “Into the Wild”. Daria 5 estrelas com certeza.
Me emocionou muito, deu vontade de sair de casa com uma mochila nas costas, trocar de nome, ou não ter um, mas antes, claro, queimar todo meu dinheiro!(vontade é um negócio que dá e passa – (in)felizmente)
Sei que mais de três horas de filme em um ritmo lento pode ser cansativo, mas pra mim foi necessário para contar a história daquela forma.
Tenho a trilha sonora dele e costumo ouvir bastante. Muito bom!
(a coincidência é que acabei de baixar “Elefante”, além do “Paranoid Park”, tb do Van Sant)
Valeu Ricardo!
Abraço!
Três estrelas parece indicar q eu não gostei tanto assim do filme. Mas pra mim isso é bom, sabe? Na verdade ele quase merece 4 na minha opinião, pq o considero realmente um filme bonito…sobre uma redenção não-abestalhada.
O problema (e eu nunca falei sobre isso aqui) é que eu tenho dificuldades com filmes que tentam colocar a figura dos pais como culpados de todas as coisas na identidade de um jovem problemático. E não há o que se discutir sobre isso, Sean Penn coloca os pais (realmente figurinhas toscas) como únicos culpados do filho ser o que é ou ter escolhido o que escolhe (o oposto do que os pais vivem). Eu acho uma postura como essa preocupante já que parece excluir todas as outras possibilidades de referências e “afetações” na cabeça do moleque a partir de suas amizades e etc. O que é ainda mais perigoso: ele mostra como as leituras de bons autores pode ser algo prazeroso e edificante (e são), porém, de um jeito um tantinho arrogante.
Nisso, é exatamente interessante vc citar Gus Van Sant: esse é um autor que examina a juventude e sempre tomou uma postura que considero no mínimo curiosa em relação aos “pais”: eles não são bons nem maus, pq simplesmente “não existem” em suas narrativas. Eles estão lá e em em poucos momentos até aparecem – mas são fantasmas, almas vagando na casa. Mas eles não dizem algo bom ou ruim. Pq para Van Sant não importa investigar a paternidade, mas, apenas e nada além, da juventude e seus valores. Se os valores da paternidade são bons ou não isso aparecerá no discurso do jovem.
Hum…o comentário virou post! Valeu, Joel.
Você tem uma boa retórica Ricardo. Concordaria com vc caso não considerasse relevante alguns pontos, que não mudarão tua opinião, mas ajudam a compreender um outro lado:
1) Problemas com os pais é algo quase inerente na juventude, ainda mais quando se trata da personagem principal, que é muito diferente em suas relações pessoais e com as organizações sociais. E para que isto não seja entendido como algo caricatural, é bom que se diga que isto é uma história real, da qual o filme não poderia fugir, pois foi algo decisivo os rumos de Christopher McCandless.
2)O filme não se preocupou em romantizar este tipo de relação estabelecida por Christopher com os pais. Muito pelo contrário. Ele mostra também as crueldades e egoísmos do rapaz. São exemplos disso o tempo que ele deixa os pais sem quaisquer notícias suas; ele queimar o dinheiro, que me parece algo feito só para ele como um símbolo, mas que poderia ajudar outros necessitados; seu esforço para não criar vínculos; a sua relação com os livros também é prova disso, onde ele cultua de forma egoísta sua solidão; e por aí vai…
3)O filme também não hesita em mostrar sua imaturidade sobre os “males que a sociedade determina” Com isso Penn mostra que ele não tem razão em muitas coisas, ou, no mínimo que ele tem a razão de quem é imaturo.
4)-e último-Todo seu propósito parece muito (apesar de inconsciente) encontrar algo que a conturbada relação com seus pais lhe deixou vazio. Sendo assim, acredito que não tenhamos no filme uma vilanização dos pais.
é isso…
Abraço!
Eu concordo com você em tudo (exceto pela parte de não vilanizar e de que em algum momento eu disse que Penn romantizou, eu disse exatamente o contrário) e seus argumentos servem justamente pra enfatizar o que eu disse, mas que, talvez, não tenha ficado claro pra vc.
o/
abraço’s
então me permita uma re-tréplica…
se não ficou evidente a sutil diferença entre o que dissemos é porque realmente eu não fui claro, pois realmente falamos coisas diferentes.
em todo o meu comentário eu tentei dissociar o que era característica idiossincrática (sempre quis usar esta palavra!) de Christopher das bandeiras do filme. Foi nesta intenção que falei dos egoísmos, imaturidades e até crueldades do protagonista que não são necessariamente romantizadas ou defendidas por Penn, mostrando, desta forma, que ele não estava certo em suas atitudes. E isso faz toda a diferença. E foi seguindo esta mesma lógica que tentei mostrar que até os pais não são vilanizados no filme.
Acredito, ainda, que a excelente cena de reparação que ocorre na iminência de sua morte vem corroborar nesta “redenção não-abestalhada” de forma a remir perdão por seus atos que, por fim, os considera errados. Isto também faz toda diferença para entender que na maturidade o jovem redime os pais, não sendo eles, a partir dalí os culpados dos rumos de sua vida.
E chega, né?! Toda esta discussão serve também para reiterar que este filme merece as cinco estrelas. Filme ruim não rende discussão. E neste ainda faltou falar em liberdade, relações pessoais (não só entre pais e filhos), relação com a natureza, atuações fantásticas, trilha impecável, cenas memoráveis, outros simbolismos e metáforas muito bem construídos, e assim por diante…
Espero não ter sido chato e repetitivo.
Té mais Ricardo,
Abraço
Elefante é um filmão, das obras mais importantes dos últimos tempos. E Van Sant um dos maiores, claro.
Gostei da tua opinião sobre os pais em Van Sant/Penn. E concordo em absoluto, embora também seja fã incondicional de Into the Wild.
Abraço
Carlos, obrigado pelas palavras e pela visita. Tenho aparecido constantemente em seu blog para conferir as novidades.Abraço's