Quando Fala o Coração, Alfred Hitchcock (Spellbound)

Se não temos ótimos diálogos neste Hitchcok ou uma história realmente atraente, a sua capacidade inventiva na direção de cenas é impressionante. É na segunda metade que o ritmo passa a ser bem mais interessante e inovador para a época. Desde uma câmera que começa a passar mais tempo ligada dando mais tensão, até planos curiosos de dentro de um copo ou uma repentina câmera subjetiva ao final. A fotografia tem uma forte carga expressionista nos contrastes altos do preto e branco, na iluminação fugidia, fazendo uso dos ambientes fechados de um modo que nos lembra também Cidadão Kane.

<em>O uso do preto e branco em alto contraste</em>” title=”” width=”450″ height=”316″ class=”size-full wp-image-1797″ /><figcaption id=O uso do preto e branco em alto contraste
<em>A disposição dos atores em cena, trabalhando o espaço do ambiente</em>” title=”” width=”450″ height=”325″ class=”size-full wp-image-1798″ /><figcaption id=A disposição dos atores em cena, trabalhando o espaço do ambiente

Por fim, a brilhante participação de Salvador Dali no filme através dos desenhos elaborados para o sonho:

Quando Fala o Coração (Spellbound) – Alfred Hitchcock (1945)

Ricardo Oliveira

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