“Parece que existe um público que exige que tudo lhes seja explicado, que tudo seja fácil. E eu acho que isso não faz bem a nossa cultura. A facilidade com que podemos realizar ou conjurar qualquer eventual cenário imaginável através de CGI é quase diretamente proporcional à forma como estamos ficando desinteressados em tudo isto. Eu lembro dos esqueletos animados de Ray Harryhausen em Jasão e os Argonautas. Eu lembro do King Kong de Willis O’Brien. Eu lembro de ficar admirado da maestria artística que tinha feito essas coisas possíveis. Sim, eu sabia como era feito. Mas parecia tão maravilhoso. Hoje em dia eu posso ver meio milhão de orcs descendo ao longo de uma colina, e estou entediado. Eu não estou impressionado. Porque, francamente, eu poderia chamar alguém, um pedestre na rua, que poderia obter o mesmo efeito se você desse a ele meio milhão de dólares para fazer isso. Isso tira a arte e imaginação e coloca dinheiro no controle, e eu acho que há uma equação perfeita da relação inversa entre dinheiro e imaginação.”
Achei no Viver Ou Morrer No Cinema
Ricardo Oliveira