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A programação oficial do 4º Cineport, que acontece de 1 a 10 de maio, saiu. Claro, não é novidade mais pra você leitor ligadíssimo: ela foi liberada para imprensa ontem e está rolando por aí. Acontece que aqui é diferente, você sabe. A gente que é fanzeco de cinema vai entregar o bom ouro. Programação musical? Ah, se você quiser assistir a um dos shows, vai ficar sabendo por lá, nada urgente. Exposições e homenagens? Isso você descobre na hora. Cinéfilo que é cinéfilo mesmo tá doido é pra saber o que vai rolar de bom naquela sala gigante escura e fria (conta-se que a organização levou pra casa um iglu e dois pinguins no final do festival em 2007).
Calma, não estou menosprezando o resto da programação do Cineport. Até porque, revelo pra vocês em primeira mão: estarei participando de uma mesa redonda dentro do fórum de cineclubistas, que acontece nos dias 02 e 03. Sim, estarei por lá na mesa intitulada “BAIXA O TEU QUE EU BAIXO O MEU: OS CINÉFILOS NA ERA DA INTERNET E DAS TECNOLOGIAS PORTÁTEIS”, junto a Guido Lemos do Lavid-UFPB e ao amigo mediador Arthur Lins. O título é auto-explicativo, mas só pra não deixar dúvidas: a gente vai falar sobre esse papo de sair baixando filme por aí e tal. Perde não, hein? Das 14h às 16h no dia 02.
CINEMÃO, CINEMÃO!
Mas e aí, o que vai rolar de bom mesmo por lá? Olha, o que é bom eu não sei não, bonitão. Eu só garanto pra você o que será, no mínimo, interessante de ser assistido; aqueles filmes pelos quais você deve batalhar e chegar um pouco mais cedo para garantir o ingresso em meio às filas kilométricas. Os dias que eles serão exibidos, exceto por alguns que estarão em mostras paralelas, ainda não foram divulgados. Coisa que deve acontecer até a próxima sexta. Entretanto, ainda nesta parte do post você confere o que eu destaco. Depois do “Leia Mais” você terá acesso a programação de cinema completa. Repare, porém, que a lista abaixo é completamente pessoal, parcial, não-popular e pouco jornalística. Vamos a ela:
– Logo de cara, no TROFÉU ANDORINHA, eu vou correr pra assistir:
Estômago (Brasil), já que não vi no cinema.
Linha de Passe (Brasil), já que tanto se fala.
Nome Próprio (Brasil), já que fala de blogueiros.
Aquele Querido Mês de Agosto (Portugal), já que os críticos que leio amaram.
…e se der tempo ou a sala lotar:
O Mistério do Samba
Chega de Saudade
– Da categoria ANIMAÇÃO do TROFÉU ANDORINHA DIGITAL eu não conheço nada. Mas vamos tentar assistir a tudo que der. Afinal, se a lista é de apenas 12 filmes, deve ter coisas legais a serem vistas. Curiosíssimo, por sinal, a saber o que se produz em Portugal e Moçambique no gênero.
– Já no quesito longa-metragem de ficção, não perderei de jeito nenhum:
Juventude (Brasil), já que será meu primeiro Domingos Oliveira
Cristovão Colombo – O Enigma (Portugal), já que será o meu primeiro Manoel de Oliveira em tela grande.
– Curtas desta mesma categoria? Idem sobre animação.
– Já no quesito documentário longa-metragem, vamos trabalhar basicamente em cima do risco, mas tem algo imperdível sim:
Diário de Sintra (Brasil), de Paula Gaitán sobre Glauber Rocha.
– Quanto a documentários de curta-metragem, outro jogo de riscos. Porém, quero destacar os únicos paraibanos a concorrerem em alguma categoria nacional:
Os Balões de 74 (Campina Grande)
Eu Quero Tomar Café (João Pessoa)
– E aí chegamos ao prêmio Energisa de estímulo ao audiovisual Paraibano. Aqui, existem algumas coisas realmente novas e que não passaram pelo Fest Aruanda. Outras, passaram pelo Fest Aruanda de 2007 e já estão desatualizadas para certo público. Entretanto, o que me interessa logo de cara e que ainda não assisti é:
O Plano do Cachorro (ficção) – resultado do prêmio alcançado por Arthur e Ely no último Cineport com o documentário Um Fazedor de Filmes.
Lúcio Lins – de corpo e barco (documentário)
Sweet Karolyne (?)
Aos Pedaços (?)
Terra Erma (ficção)
…e finalmente assistir à versão final de “Lelê”, animação de Dowling e Shiko com música do Chico Correia.
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Dicas finais em mostras paralelas e especiais: vai rolar O Signo do Caos, último filme de Rogério Sganzerla e que é uma loucura livre, poética, inconstante e valiosa; Feliz Natal, o primeiro filme de Selton Mello como diretor, Nossa Vida Não Cabe Num Opala, Onde Andará Dulce Veiga, Deserto Feliz; os documentários O Tempo e o Lugar, de Eduardo Escorel e O Andarilho, de Cao Guimarães e, por fim, mas não menos importante (na verdade com grande interesse) o documentário Crítico, de Kléber Mendonça Filho (talvez ele venha, hein).
Essas são minhas dicas, caríssimos (média de 16 longas e uma penca de curtas que sempre variam para 10 dias de festival). Abaixo, segue a relação completa de tudo que vai rolar de filmes no festival. Ingressos a 2 reais e nada mais a declarar. O resto é diversão. Fiquem com Deus.
Ricardo Oliveira
Obs: acompanhe também a cobertura pelo Twitter usando a tag #Cineport ou #Cineport09.
PROGRAMAÇÃO DE AUDIOVISUAL OFICIAL DO 4º CINEPORT
TROFÉU ANDORINHA DIGITAL
FILMES BRASILEIROS
Chega de saudade
Encarnação do demônio
Estômago
Linha de passe
Meu nome não é Johnny
Nome próprio
Os desafinados
O mistério do samba
FILMES PORTUGUESES
Mal nascida
Call girl
A outra margem
Goodnight Irene
Aquele querido mês de agosto
Love bird
As duas faces da guerra
TROFÉU ANDORINHA DIGITAL
ANIMAÇÃO
O anão que virou gigante – Marão (Rio de Janeiro – RJ)
Terra – Sávio Leite (Belo Horizonte – MG)
Josué e o pé de macaxeira – Diogo Viegas (Rio de Janeiro – RJ)
Calango lento – morte e vida sem ver água – Fernando Miller (São Paulo – SP)
Guisado de galinha – Joana Toste (Vila do Conde – Portugal)
Cândido – José Pedro Cavalheiro (Vila do Conde – Portugal)
Cães marinheiros Joana Toste (Vila do Conde – Portugal)
Melodia amarga – Pedro Moura (Vila do Conde – Portugal)
Annual report- Cristina Braga (Vila do Conde – Portugal)
A meio da noite – Fernando José Saraiva (Vila do Conde – Portugal)
Jardim das cores – Guilherme Reis (Belo Horizonte – MG)
As minhas calças favoritas – Ivan Inácio Khan (Maputo – Moçambique)
FICÇÃO LONGA
Juventude – Domingos Oliveira (Rio De Janeiro – Rj)
Corrupção – Utopia Filmes (Lisboa – Portugal)
Cristovão Colombo – o enigma – Manoel Oliveira (Lisboa – Portugal)
As teias da aranha – Sol de Carvalho (Maputo – Moçambique)
FICÇÃO CURTA
Os sapatos de Aristeu – René Guerra (São Paulo – SP)
Picolé, pintinho e pipa – Gustavo Melo (Rio de Janeiro – RJ)
Superbarroco – Renata Pinheiro (Recife – PE)
O Engano – Cavi Borges (Rio de Janeiro – RJ)
Dez elefantes – Eva Randolph (Niterói – RJ)
Dois coveiros – Gilson Vargas (Porto Alegre – RS)
Intervalo – Luís Manuel Almeida (Coimbra – Portugal)
Lygia de pele pele – Helena Lustosa (Rio de Janeiro – RJ)
Odisséia – Rita Palma (Lisboa – Portugal)
Atlântico – Fábio Meira (Rio de Janeiro – RJ)
O atirador – Juliano Verardi (Porto Alegre – RS)
El justiceiro – Tiago Sousa (Coimbra – Portugal)
A demolição – Aleques Eiterer Rio de Janeiro – RJ)
Na terra das monções – Marcelo Domingues (São Paulo – SP)
Superfície – Rui Xavier (Vila do Conde – Portugal)
Corrente – Rodrigo Areias (Vila do Conde – Portugal)
Kunta – Ângelo Torres (São Tomé e Príncipe)
Quando falta o amor – Alberto Botelho (Luanda – Angola)
I love you – Rogério Manjate (Maputo – Moçambique)
Fevereiro – Francisco Botelho (Brasil)
Olímpia I e II – Gabriel Abrantes (Portugal)
DOCUMENTÁRIO LONGA
Acácio – Marília Rocha (Belo Horizonte – MG)
Cidadão boilesen – Chaim Litewski (Rio de Janeiro – RJ)
Só dez por cento é mentira – Pedro Cézar (Rio de Janeiro – RJ)
Juruna, o espirito da floresta – Armando Lacerda (Brasília – DF)
KFZ-1348 – Gabriel Moscaro e Marcelo Pedroso (Recife – PE)
Da vida das bonecas – Neni Glock (Oeiras – Portugal)
Adeus, até amanha de manhã – Antõnio Escudeiro (Lisboa – Portugal)
Diario de Sintra – Paula Gaitán (Rio De Janeiro – RJ)
Pachamama – Eryck Rocha (Rio De Janeiro – RJ)
Hóspedes da noite – Licínio Azevedo (Maputo – Moçambique)
É dedra ser angolano – Coletivo Fazuma (Luanda – Angola)
Silêncio da mulher – Gabriel Mondlane ( Maputo – Moçambique)
Sonho de criança – Manuel Abreu ( Maputo – Moçambique)
Muitos dias tem um mês – Margarida Leitão (Portugal)
DOCUMENTÁRIO CURTA
Tarabatara – Júlia Zakia (São Paulo – SP)
A casa dos mortos – Débora Diniz (Brasília – DF)
A tal guerreira – Marcelo Caetano (São Paulo – SP)
Menino aranha – Mariana Lacerda (São Paulo – SP)
Loucos de futebol – Haider Gomes (Fortaleza – CE)
Eu quero tomar café – Rainny Brandão e Iglay Edeiros (João Pessoa-PB)
A ocasião seguinte – Rita Brás e Cláudia Alves (Lisboa – Portugal)
O Guarani – Cláudio Marques e Marília Hughes (Salvador – BA)
Vissungos, fragmentos da tradição oral – Cássio Gusson (São Paulo – SP)
Sinal Fechado – Alexandre Santos e Jurandyr França (Parnamirim – RN)
Os balões de 74 – Luciano Soares Mariz (Campina Grande – PB)
Você tem Identidade? – Marcelo Reis (Belo Horizonte – MG)
Se todos fossem iguais – Fernando Barcellos e Joyce Santos (Rio De Janeiro – RJ)
Diário de aquário – Luís Carlos Lacerda ( Rio de Janeiro – RJ)
TROFÉU ANDORINHA CRIANÇA
O guerreiro Didi e a ninja Lili – Marcus Figueredo (Brasil)
O Garoto cósmico – Alê Abreu (Brasil)
Pequenas histórias – Helvécio Ratton (Brasil)
Os porralokinhas – Lui Farias (Brasil)
Os irmãos Grimm – Júlio Moreira (Portugal)
PRÊMIO ENERGISA DE ESTIMULO AO AUDIOVISUAL PARAIBANO
Lelê – Carlos Dowling e Shiko (João Pessoa – PB)
Duas vezes não se faz – Marcus Villar (João Pessoa – PB)
Crias da Piollin – Bertrand Lira (João Pessoa – PB)
Arqueologia da memória: a cerâmica de Gina Dantas – Elisa Cabral e Laurita Caldas (Cabedelo – PB)
O Guardador – Diego Benevides (João Pessoa – PB)
1500-Circular – Chico Sales(João Pessoa – PB)
N.E.G.O – Chico Sales e Mayk Nascimento (João Pessoa – PB)
Pensamento vai…pensamento vem… – Vivian Maitê Castro (João Pessoa – PB)
A que preço? – Eduardo Chaves de Oliveira (Cabedelo – PB)
Brincantes visionários – Elinaldo Rodrigues (João Pessoa – PB)
Pela tela pela janela – Nycolas Albuquerque (Campina Grande – PB)
Coragem mulher – Mislene Santos (João Pessoa – PB)
Amanda e Monick – André da Costa Pinto (Campina Grande – PB)
Na lata – Afonso Barbosa e Enver Cabral (João Pessoa – PB)
Instrumento detector de alguma coisa – Otto Cabral (Cabedelo – PB)
Sinézio, o fenômeno – Otto Cabral (Cabedelo – PB)
Chã de fora – Otto Cabral (Cabedelo – PB)
A língua lavra – Mõnica Fidelis (João Pessoa – PB)
Aos pedaços – Taciano Valério(Campina Grande – PB)
Sweet Karolyne – Ana Bárbara Ramos(João Pessoa – PB)
Uma história de pescador – Lilia Tandaya (Cabedelo – PB)
O passeio na vida da matéria – Bruno de Sales (João Pessoa – PB)
Essas mulheres – Alysson Viana, Carol Caldas, Janaina Ayres, Jéssica Nascimento, Lucas Pontes e Maria Silva (João Pessoa – PB)
Mulheres em campus – Virgínia de Oliveira (João Pessoa – PB)
Lúcio Lins – de corpo e barco – André Morais (João Pessoa – PB)
Maria das dores e dos mares – André Morais (João Pessoa – PB)
Enraizados – Niu Batista (João Pessoa – PB)
A Idade do vento – Nycolas Albuquerque (João Pessoa – PB)
Terra erma – Helton Paulino(Campina Grande – PB)
O Plano do cachorro – Arthur Lins e Ely Marques (João Pessoa – PB)
Tem bicho no meio do caminho – Ismael Farias (Cabedelo – PB)
Sanhauá – Elinaldo Rodrigues (João Pessoa – PB)
MOSTRA BRASIL 2008 – Ficção
A guerra dos rocha – Jorge Fernando
Feliz natal – Selton Mello
Orquestra dos meninos – Paulo Thiago
Última parada 174 – Bruno Barreto
Nossa vida não cabe num opala – Reinaldo Pinheiro
Romance – Guel Arraes
Onde andará Dulce Veiga – Guilherme de Almeida Prado
Deserto feliz – Paulo Caldas
Cinco frações de uma quase história –
MOSTRA BRASIL 2008 – Documentário
Condor – Roberto Mader
Juízo – Maria Augusta Ramos
Panair do Brasil – Marco Altberg
O tempo e o lugar – Eduardo Escorel
Romance do vaqueiro voador – Manfredo Caldas
O andarilho – Cau Guimarães
SESSÃO ESPECIAL DE ABERTURA
Sob o céu nordestino – Walfredo Rodrigues
SESSÃO TROFÉU HUMBERTO MAURO
Homenageada Helena Ignez – Brasil
Canção de Baal – Helena Ignez
Signo do caos – Rogério Sganzerla
Homenageada Isabel Noronha – Moçambique
Ngwenya, o crocodilo
Mãe dos netos
Trilogia das novas familias
Homenageada Teresa Villaverde – Portugal
Transe
Mutantes
SESSÃO HOMENAGENS
A casa do Polanah, de Fábio Carvalho
O batedor de carteiras, de Aloísio Taixeira
O cineasta da terra, de Manfredo Caldas
Emiliano Queiroz, de Maria Letícia Oliveira
SESSÃO VER E FAZER FILMES
O diplomático – Universidade Federal Fluminense
A cartomante – Universidade Federal de Minas Gerais
A chinela turca – Escola Superior de Teatro e Cinema de Portugal
SESSÃO PREMIERE PARAIBANAS
Gravidade – Torquato Joel
Aqui e agora – Torquato Joel
O Sonho de Inacim – Eliézer Rolim
SESSÃO LANÇAMENTOS
Second Life – Alexandre Valente – Portugal
SESSÃO CINEVOLANTE
Mãe dos netos – Isabel Noronha – (Maputo – Moçambique)
Os balões de 74 – Luciano Soares Mariz (Campina Grande – PB)
Cândido – José Pedro Cavalheiro (Vila do Conde – Portugal)
É dedra ser angolano – Coletivo Fazuma (Luanda – Angola)
HOMENAGEM AO COLETIVO LAS LUZINEIDES
Vídeozine # 1
(doc, 19:07 min, cor, super VHS, 1998, JP)
É um pássaro? É um avião? Não. Nossos vizinhos espaciais.
O sintomático making of de Constantino ou silencio no supermercado por favor!
(doc, 10:31 min, cor, super VHS, 2000, JP)
Making of do curta A sintomática narrativa de Constantino, de Carlos Dowling.
Bailarina
(experimental, 1:31 min, cor, VHS, 2000, JP)
Apressa-te, amor, que amanhã eu morro.
Luzineides 10 plus 1, de Carlos Dowling
(vinheta, 30”, cor, mini-dv, 2009, JP)
Só vim mostrar o que aprendi.
Um detalhe Luzi, de Arthur Lins
(doc/fic, 8’, cor, mini-dv, 2009, JP)
Ainda assim ele é o rei, like a virgin.
Por umas cabaças a mais, de Ramon Porto Mota e Anacã Agra
(fic, 9’, cor, mini-dv , 2009, CG)
Uma estranha sem nome adentra a cidade carregando um caixão.
Branca das neves, de Bruno Wanderley
(fic, 5 min, cor, mini-dv / 16mm, 2009, JP)
Walt disney tem razão, a vida está suspensa por um fiapo de cabelo.
Bric-à-brac, de Gian Orsini
(fic, 5′,2009, mini-DV,cor)
Tudo o que sua Barbie sempre quis ser.
Kill jesuino, de Ely Marques
(fic, 5′,2009, mini-DV,cor)
Cala a boca, Luzineide!
Baú de memórias, Ricardo Peixoto
(doc, 8′,2009, mini-DV,cor)
Bricolagem, material de arquivo: amigos bons
Birita e anarquia, de Igor Cabral
(vídeo clip, 3′,2009, hi-8,cor, 2009)
Show do Ovnis Gay na despedida do bar do Ricardo, na feirinha de Tambaú, precisamente ao lado do banheiro.
Kizuiu, de Abraão Matheus
(experimental, 3’40, câmera fotográfica,cor, 2009)
O ET de Guarabira ataca novamente.
Animais em você, de Marcelo Pinheiro
(vídeo clip, 3′,2009, betacam,cor, 2009)
Foi no Sanatório Bar onde tudo aconteceu.
Dia 3 – Domingo
14H00 – FILME “CRÍTICO”.
Exibição do longa metragem onde críticos e cineastas discutem o cinema a partir do conflito que existe ente o artista e o observador, o criador e o crítico.
Ricardo me permita uma consideração à sua lista destaques:
O documentário em longa metragem “Cidadão Boilesen” me parece merecer um destaque. Ele foi o vencedor do Festival “É tudo Verdade” (encerrado faz poucas semanas) e traz uma discussão política sobre a participação do empresariado brasileiro na ditadura militar.
Vendo a programação completa, e tendo passado dois anos esperando por ela, me ficou uma sensação de quase decepção… Tanta coisa que falta: A festa da menina morta, os dois últimos do Eduardo Coutinho (se não fosse a internet não teria visto Jogo de Cena), Serras da Desordem…
Mas principalmente o que faltou na lista foi me surpreender. Talvez o CinePort seja o único festival de cinema (no mundo?) em que os filmes que concorrem aos prêmios têm de ter estado em cartaz nos cinemas comerciais. Ora, essa deveria ser uma premissa apenas de concursos de premiação, mas não de um festival onde tudo será visto e julgado a partir daquela sala “gigante escura e fria”. E acho que esse seja o motivo (ou a desculpa?) para filmes amplamente vistos, como a maior bilheteria do cinema nacional de 2008 (Meu nome não é Johnny), figurarem na lista.
Por fim, parabéns Ricardo pela participação na mesa redonda. É uma pena que não poderei ver, pois vou estar no trabalho. Mas por favor, defenda a todos nós, os “abnegados” baixadores de raridades nas salas de cinema nacionais: filmes brasileiros!!! =D
Joel, a programação nao me decepcionou. Afinal, o Cineport não é uma mostra, mas sim um festival. Entenda: as mostras tem por obrigação uma curadoria completa, que apresenta um panorama dos últimos 12 meses. Já o Festival é competitivo: os diretores devem inscrever seus trabalhos. Dentro do Cineport, temos mostras nacionais, o que justifica a sua fala sobre a falta do Eduardo Coutinho (que também senti muita falta). Porém, são mostras limitadas e menores na programação. Porém, preste atenção nesses que indiquei que estão fora da competição…são filmes que vão valer a tentativa de assistir. No mais, é um festival que ainda está se aperfeiçoando…ótimo a gente discutir aqui essa curadoria.
Abração.
Gostei da programação, senti falta também da Festa da Menina Morta e também Apenas o Fim que falam bem.
Já estava na apreensão de Nome Próprio e Feliz Natal do Selton Mello, além de ter uma surpresa com a adaptação do Dulce Veiga de Caio Fernando Abreu.
Feliz pela apresentação do Romance do Vaqueiro Voador, Juventude e o Cidadão Boilesen que não consegui assistir no É Tudo Verdade deste ano.
Espero ver todos estes citados além dos filmes portugueses, outros documentários, enfim, serão 10 dias de pura alegria para cinéfilos iguais a nós. =)
Sei que (provavelmente) verei filmes que me farão repensar esta sensação de quase decepção, mas no geral é essa minha (talvez ignorante) impressão inicial. E, apesar de teus oportunos esclarecimentos, algumas dúvidas ainda me parecem válidas:
Se é um festival competitivo, porque a obrigatoriedade de o filme já ter sido lançado em salas comerciais?
E não seria possível trazer filmes que não tenham conseguido tanta condição de “se vender”?
E porque muitos dos filmes que conseguiram “se vender” também aparecem nas mostras? A prioridade não deveria ser outra ao menos nesta parte que passa pelo crivo da curadoria e que, portanto, revela a cara que ela quer conceder ao festival?
Agora uma pergunta menos crítica: Ricardo, você já vê alguma diferença, no que tange a programação dos filmes, entre a primeira edição do CinePort para essa? (será que é cedo pra perguntar isso?)
Tá bom, agora chega de perguntas! Esse comentário tem que acabar com uma exclamação. =D
Abração!
Esperando ansiosamente para que esse festival se inicie o mais rápido possivel, os longas e os curtas todos de ótima qualidade, vale a pena conferi-los.
esta um maximo o cine
os longas e curtas ta show
vale apena prestigiar
valeu!!!!!!!!