Caetano e sua conversa de cinéfilo. Na entrevista que Sílvio Osias fez com o cantor sobre cinema, ele faz um paralelo entre a sua vida e a sétima arte, numa prosa gradativa e interessante.
Na infância, o filme-marco da sua formação foi Sansão e Dalila, ele tinha 8 anos e aprendeu com o personagem o controle do movimento das sobrancelhas que, segundo ele, marcou seu caráter. Sua empatia com o cinema europeu e o filme La Strada criou nele uma cabeça crítica e uma vontade de contribuir num cinema que passou de diversão para vício.
Passando para o cinema Americano ele disse: “Como eu amei Cyd Charisse! E Leslie Caron e Audrey Hepburn! Como eu amei Gene Kelly (antes de Astaire, pois este, embora adorável e sempre impecável, parecia um velho sem músculos; sua superioridade, nascida da finura, vim a amar inteiramente um pouco mais tarde…”
Caetano ainda cita Hitchcock, a hegemonia hollywoodiana no mercado mundial, sua influência na formação crítica na cabeça das pessoas, principalmente as mais jovens. Quando li que o tropicalismo não existiria sem o cinema de Godard fiquei curiosa e mesmo a entrevista sendo bem longa adorei ter lido até o final.
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