Nesta madrugada, de repente me encontro pasmo diante do computador. Atrasado, descubro através de uma dica no Google Buzz, alguém que mantêm um perfil no YouTube, pelo menos desde 2005, com a ideia simples e bela de transformar música em algo visual. Não estamos falando de plugins de Winamp ou Windows Media Player que brincam com a frequência das batidas da música. Mas sim de um sistema que interpreta um arquivo MIDI e o leva a uma dimensão visual, na qual é possível observar o encadeamento das notas, ritmo e até expressão dada para cada acorde em determinada música.
O experimento, por mais simples que possa parecer à princípio, me deixou fascinado. Isso porque é possível enxergar desde a complexidade da execução de uma “Toccata e Fuga”, de Bach, até a doçura inabalável de “Claire de Lune”, de Debussy.
O que obviamente mais me impressiona é que aplicações assim, atestam que uma das grandes marcas desta geração é o design da informação. Infografistas brasileiros são reconhecidos em todo o mundo; a brasileira Fernanda Viegas, PhD pelo MIT, desenvolveu para a IBM o sistema Many Eyes, que permite a visualização de dados de maneira simplificada. Aqui, vamos além: encontramos uma forma de trazer uma ressignificação de uma arte audível, possibilitando um novo processo sensorial através do olhar. Pura beleza: