O Virgem de 40 Anos (Judd Apatow, 2005)
Excelente retornar a Judd Apatow e perceber mais riquezas em “O Virgem de 40 anos”. Foi nesta primeira revisão que notei novos detalhes sobre a caracterização de Andy, brilhantemente interpretado por Carrel. Além daquela construção simbólica nos action figures, que já mencionei em outro post, é curioso como em duas cenas a câmera apresenta claramente Andy como um adolescente deslocado. Numa delas, ele acompanha a filha de Trish a uma espécie de terapia de grupo e por lá se depara como vaginas de plástico, dessas para aulas de biologia. Vemos Andy por trás da mesa, de joelhos, observando tudo como se fosse um garotinho encantado como o mundo. Numa segunda cena, dentro de um banheiro com papel de parede bastante infantil, todo cenário cresce e fica gigantesco ao seu redor, numa segunda construção para que ele pareça um adolescente. Pequenos detalhes, pequenas riquezas do cinema de Apatow – que merece toda nossa atenção. Ele vem aí, no fim do ano, com uma sequência de “Ligeiramente Grávidos” (outra pérola).
MIB³: Homens de Preto 3 (Barry Sonnenfeld, 2012)
História sem graça de ponta a ponta. Nada do grotesco e inusitado que guardamos daquele primeiro e divertido filme está por aqui. Simples: mais uma dessas sequências desnecessárias ao cinema. Algumas pouquíssimas risadas dão o alívio pra não considerar um desastre completo.