Assistindo ao video I Heart Revolution, do grupo Hillsong United, talvez você deixe passar um detalhe interessante: existe um adolescente, de cabelos avermelhados, sem sotaque australiano, cantando na África numa das turnês da equipe que logo virá ao Brasil. O garoto se chama Leeland Moring, tem 17 anos e talvez agora você se pergunte: mas Leeland não é o nome de uma banda?
Poucos sabem que, na verdade, o nome da banda texana que tem causado algum barulhinho bom nos EUA é homônimo ao vocalista. Jack e Leeland Moring, dois irmãos bem jovens (21 e 17 anos, respectivamente) formaram há pouco mais de dois anos o grupo que acabou levando as graças do irmão mais jovem.
Leeland (o vocalista) começou a escrever músicas com apenas 11 anos e, nessa idade, já viajava pelos EUA com seu irmão em trabalhos missionários. Aos 14, participando de concursos, descobriu que aquela era a sua praia: compor. E como compõe bem, o garoto! Michael W. Smith certa vez esteve em uma das apresentações da banda, levou pra casa algumas gravações e poucas semanas depois já convidava Leeland Moring para compor canções junto a ele.
Com músicas no estilo “modern worship” (como os americanos gostam do rotular), Leeland faz um som rico em influências do britpop de bandas como Coldplay, Travis e Vineyard UK. Para quem não entende o que quer dizer o rótulo citado, modern worship é, na verdade, uma definição “indefinida”. Explico: é a tentativa de explicar um estilo que tem surgido (ou re-surgido?) na música cristã internacional; tem letras claramente espirituais, porém, são mais elaboradas e menos convencionais, como a faixa de abertura do CD que diz em seu refrão “Você pode você ouvir o som das melodias / Oh, o som das melodias / Subindo até você / Subindo até você, Deus”. Esse tipo de som se faz presente em artistas brasileiros como Lucas Souza e tem sido uma freqüente em trabalhos ao redor do mundo.
Entretanto, em seu CD de estréia, a banda texana revela uma faceta incrível: mesmo com pouca estrada como grupo, o conjunto da obra saiu excepcional. Sound Of Melodies é um disco como poucos, em anos! Numa primeira audição qualquer pessoa ficará fascinada pela qualidade técnica dos garotos e, numa revisão, as letras lhe impactarão pela força poética num estilo que geralmente não é favorecido por esse apuro. Carried to the table, talvez a melhor música do CD (a qual até foge do estilo das outras faixas), tem melodia simples e letra que nos eleva até à mesa do banquete:
Ferido e abandonado
Eu fui despedaçado pela queda
Derrotado e esquecido
Sentindo-me perdido e sozinho
Convocado pelo rei
Para a corte real
Levado pelo salvador
E embalado em seus braços
Eu fui carregado até a mesa
Sentado onde sou estrangeiro
Carregado até a mesa
Levado majestosamente pelo seu amor
E eu não mais vejo minha derrota
Quando eu estou sentado à mesa do Senhor
Eu sou carregado até a mesa
A mesa do Senhor
(…)
Você pode assistir a um vídeo com a música Carried to the table clicando aqui.
[DIVERSITÀ] traz nessa semana para seus leitores a tradução de uma entrevista com o Leeland. Uma boa para quem quer conhecer mais sobre o universo dessa banda que traz um som que dignifica a criatividade que Deus derrama sobre seus filhos. Recentemente, um pastor texano falou em uma mensagem sobre criatividade: “você recebeu uma criatividade genial do próprio Deus! Agora que você recebeu, use-a!”. É isso que o Leeland tem feito.
INTRODUZINDO…LEELAND
Por Russ Breimeier para o site CMT
Como a banda se juntou?
Jack: Começou com Leeland como um artista individual. Ele foi contratado para um acordo de compositor quando ele tinha 15 anos e, durante um curso de uns 2 anos, a banda começou a se formar. Nós somos feitos de família e amigos, nos encontrando pela igreja e tocando no nosso grupo de jovens semanal. Nós começamos a trabalhar em idéias que Leeland trouxe à mesa, e nós eventualmente tivemos de reconhecer, “Ei… somos uma banda!” Então tentamos encontrar um nome, e aí pegamos emprestado o primeiro nome de Leeland porque achamos que soava legal.
O que você acha de todo esse burburinho que cerca o primeiro álbum de vocês?
Jack: Era um pouco surreal no começo, mas, no mínimo, encorajante. Toda a resposta positiva que obtivemos nos últimos meses tem sido a confirmação de que é isto que Deus nos chamou para fazer.
Leeland, como você se juntou ao Michael W. Smith?
Leeland: Ele veio para um mostruário onde tocávamos, em Nashville. Ele adorou a música e acabou indo embora naquela noite com uma cópia das nossas gravações. Algumas semanas depois, eu recebi uma ligação de Michael perguntando se eu gostaria de co-escrever músicas com ele e com o produtor Matt Bronlewee para o seu novo disco! Eu agi calmamente e disse que queria. Depois eu desliguei o telefone e enlouqueci! Foi uma experiência maravilhosa e eu estava me sentindo tão honrado em receber a oportunidade de escrever com um artista no qual me inspirei a vida inteira.
Como você vê a atual música moderna de adoração?
Jack: Nos últimos anos tem acontecido uma mudança evidente nos corações dos jovens da minha idade – um aumento na fome de adorar a Deus. Nós sentimos que temos a responsabilidade de escrever músicas que puxem os jovens da nossa idade para a intimidade com Jesus. Nós queremos trazer uma nova cor à paleta de adoração moderna.
Quando compõe músicas, o que mais lhe inspira?
Leeland: Muitas de minhas músicas são tiradas de orações. As que nós recebemos, as melhores respostas, são aquelas que Deus meio que largou-as no meu colo enquanto eu estava passando um tempo em Sua presença. Esta é a minha maior inspiração.
De que música do novo álbum você mais se orgulha?
Leeland: “Tears of the Saints” (Lágrimas dos Santos). Eu estava orando, pedindo a Deus para me ajudar a sentir o que Ele sente pelos perdidos. Eu queria que uma pessoa que passa fome fosse um ganhador de almas. Depois de orar por uns 30 minutos e não sentir nada, eu simplesmente comecei a chorar. E então eu tive u
m sentimento de luto tão intenso no meu coração, e Deus me disse, “Isso é apenas uma fração do que eu sinto pelos meus filhos que estão perdidos”. Depois disso, a música veio imediatamente – letras, notas, tudo. Tinha sido tudo inspirado por Deus.
[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=gQjG1ZzjuiU]
Ricardo Oliveira
reportagem
Melina Rachel
tradução
Muito Bom!!!
Vc traduziu isso de algum lugar?
Se sim: ótima tradução!
Se não: Parabéns você tem jeito para crítico musical.
Também curto Leeland, aliás bandas desse estilo sempre me agradaram: Keane,Coldplay…Michael W. Smith,Lost Ocean, um bom piano rock sempre cai bem.
Parabéns mesmo pelo seu trabalho.
Ah vc apontou uma falha grave no meu blog: vou criar uma página para dizer quem escreve nele.
Até + amigo.
entrevista traduzida por Melina Rachel (como indicado ao final do texto) direto do site Christian Music Today (link no blog).
abraço’s
Great to hear from you, Ricardo! Guess what, I also published that U2 book in Dutch! What a coincidence, ha ha.
Thanks for adding me to your blogroll – I will return the favour. Let’s keep in touch. Blessings! Paul
http://www.abspoel.blogspot.com
realmente essa banda é muito boa… baixei 5 músicas deles na net!!!
muito bom!!!
E são CRENTES!!! Por isso eu digo que não precisamos ouvir músicas seculares….
delirious, united, swithfoot, jars of clay, audio adrenaline, third day!!!
Esses artistas são seculares, a única diferença é que utilizam o nome de Deus em sua músicas. Esses tipos de crentes dificilmente suportarão o milênio, que é a segunda peneira!
Você vai suportar, Bruno?