Paratodos

PARATODOS, título de um de seus hits, revela uma das características do som dessa banda que nasceu no interior de São Paulo, a pequena, grande Piratininga.

A Mister Distler, que teve nome inspirado no próprio vocalista, o Danni Distler (não é apelido, esse é o nome da figura), surgiu com uma proposta de som de um mix de influências, da para sentir o funk, o pop, o rock, mas não faltou o samba e nem mesmo uma baladinha fantástica, embalando a busca por “Viver coisas Novas”, nome do track.

Conheci a banda em novembro de 2006, fazendo uma visita à amigos em Piratininga, recebi um cd demo da banda, desde então virei fã. Os integrantes eram velhos conhecidos, os conhecia desde de 2004. Tirando o Danni, que so conheci esse ano, um cara dono de um vozeirão e uma atitude inconfundiveis.
O Tiago Falsetti, baterista de mão cheia, sempre vem até mim contando uma boa piada ou fazendo alguém, vítima das suas imitações. O Altamir Coelho, um baixista com uma vida inspiradora. Conheci Altamir capengando umas notas aqui e ali. Ao reecontrá-lo anos depois, dentro de uma dinâmica de estudos e aulas, depois da realização do sonho de ter um Music Man, para tirar um som, quase não o reconheci. Me restou apenas concordar com o Edison que “Talento é 1% inspiração e 99% transpiração.”

Renan Fernandes, técnico de som da banda, é uma caricatura irrotulável. Por trás daquelas calças rasgadas, vive um MacGyver do som. Duvida?! Experimente dar ele um fone de ouvido velho, uma chave de fenda e assista. Com muito talento, e um copo de Coca-Cola do lado, inacreditavelmente, ele transformará isso num PA. Renan mistura a ginga de sua pátria mãe, com a eficiência Britânica, onde morou por anos, antes de se juntar a banda. Tive o privilégio de ver o baita coração desse cara, quando juntos, participamos de um trabalho humanitário na pequena ilha do Timor Leste, no sudeste asiático.

Por último, porém não menos importante, Raphael Costa, guitarrista da banda, de quem tenho uma história interessante. Quando estava na Austrália, trabalhando em uma turnê internacional, fui acompanhar a uma lanchonete, o coordenador de uma das maiores companhias de entretenimento do Hawaii, a quem acabará de conhecer. Quando disse a ele que era brasileiro, fiquei espantado, com o comentário, todas as vezes que algum estrangeiro descobre minha brasilidade, me pergunta sobre futebol e samba, às vezes sobre as mulatas. Mas esse havaiano, se referiu imediatamente, ao nome Raphael Costa, que havia acompanhado o grupo, em uma turnê brasileira, como guitarrista. Eu já conhecia o nome e o talento, bateu até aquele orgulhosinho de ser brasileiro.

Essa é a banda, e já tem feito sucesso aos ouvidos de quem ouve!

Experimente também! www.misterdistler.com

Pedro Macedo

3 Replies to “Paratodos”

  1. Banda boa, que me faz acreditar em música brasileira+justiça social, sem ser nada do tipo D2 (nada contra).
    Além disso o Dani tem projetos com outras bandas, como o Beto Tavares né?

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