não raro me deparo com o dilema de escrever por obrigação. me tornei um chato para a tarefa desde que me habituei à nobre escrita diária – seja em fotolog, blog ou mesmo nas irresistíveis conversas de emiessiene. impressionante como isso pode soar terrível para alguns dos meus professores ou, talvez, os amigos de outra geração que visitam este blog. a questão, caros colegas, é que já não sei o que fazer: estou imerso neste mundo.
desta vez foi requisitado que escrevesse duas críticas cinematográficas, com umas quatro folhas no máximo. meu grande ímpeto de sair por aí redigindo textinhos-originais-com-idéias-legais ficou empacado lá no terceiro ou quarto período. e não me peçam para revisá-los. antes que o professor pense que isto aqui é um ato desesperado que justifica previamente qualquer tipo de atraso, me explico: nunca foi de jornalismo que vesti meus textos.
as palavras que hoje gosto de reler são muito mais impressionistas, prepotentes e apaixonadas do que qualquer regra editorial permitiria publicar. digo isso e um pouco mais: ainda não fui tão impressionista e apaixonado como gostaria de ser – a prepotência eu venho tentando deixar de lado. alguns logo viriam me contar que isso é coisa de profissional limitado. outros começariam a cantarolar sonho meu e fazer aquela cara de com o quê ele pensa que vai viver. e eu lá, fazendo alguma mímica de tô nem aí – ou i’m not there, pra não dizer que não falei de filmes.
se pretendo encerrar esse desabafo de um insone (agora também faminto), a melhor forma talvez seja anunciando que o pior ainda está por vir. uma monografia tem de ser iniciada no próximo mês e minha meta é ao menos fazer alguma coisa original, sonhando com prêmio pulitzer ou nobel – só pra brincar com a banca de avaliação. coitados deles e de mim: em trabalhos de conclusão de curso não é permitida melosidade bloguística.
alguém me salve.
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Ricardo Oliveira
estou com você e hipotecando as minhas orações a seu favor, se bem que elas não tem passado do teto, ultimamente. abraço forte.
Isn’t easy…
Vou orar por ti tb, assim como o Lou
Fiquei um bom tempo sem escrever e nem sei + o que é redação. Agora tenho voltado um pouco, hj mesmo postei sobre isso.
Abração Ricardo
Que Deus te inspire em tudo.
Quanto ao terceiro parágrafo, só tenho uma coisa a dizer: ecco homo.
Quanto ao último parágrafo, as dores do parto =)
Bem, eu tbm tive o prazer de escrever vetado desde que entrei na universidade. Curioso é que essa era a desculpa pra fazer jornalismo: escrever! Mas eu ainda tenho fé que um dia compraremos o leite da crianças, os livros e canções prediletas com o que criamos e não apenas redatamos numa maldita pirâmide invertida. Eternamente sonharei com esse momento.