De onde pode surgir informação audiovisual de qualidade?

Depois de alguns choramingos na mailist do Brainstorm#9, a galera conseguiu convencer o Carlos Merigo a postar o BraincastTV mais recente numa qualidade menos TOP (a atual, que usa o player da própria enxame.tv é HD). Isso porque nem todo mundo tem 1mb de conexão e são +ou- 100mb para baixar e assistir aos 15 minutos do episódio. O mais recente é um interessantíssimo bate-papo com Marcelo Tas e Soninha (ex-MTV e vereadora de SP) e está postado no Videolog – o que não facilita apenas a questão de conexão, mas, obviamente, de popularização dos episódios que podem ser incorporados aos blogs mais facilmente.

Aproveito o post para enfatizar algumas questões que trabalhei pouco no estudo que fiz na monografia, em agosto e setembro:

1. A Enxame.TV, por si só é uma ótima empreitada. Não sei de quem foi realmente a idéia, mas o Cris Dias (que está sempre em todas) parece ser uma das cabeças do projeto. A produtora tem sido responsável por videocasts de qualidade na web, como o próprio Braincast e o OmeleTV. Faltam mais iniciativas como essa na rede, e a gente torce para que a popularização não demore tanto quanto demorou o podcast de um modo geral. Hoje é bem prazeroso (depois de uns 5 ou 6 anos) ver podcasts bombando tanto quanto o NerdCast.

2. A qualidade tem crescido muito em termos técnicos. Imagem e audio estão impecáveis. Os diretores de cada episódio tem revelado bom gosto no cuidado com a direção fotográfica e de arte. O cenário do episódio mais recente, ficou muito legal…

3. O formato por si só é bem mais espontâneo que a mídia convencional. A convergência da linguagem televisiva na internet é uma questão importante, mas acredito que a gente já está em tempo de ser mais criativo. Eu entendo o quanto dá trabalho editar e soltar isso rapidamente na rede, mas, aos poucos, acredito que dá para brincar mais com os recursos de câmera, por exemplo. Quais as possibilidades de linguagem e estética específicas para o “espectador” de um videocast? Será que a gente usa os mesmos recursos que a TV e só?

Claro a algumas observações não são apenas sobre este videocast. Mas, se tem um ponto que pra mim é o mais importante, é: tudo isso, essa qualidade toda, não está saindo da mídia convencional ou de grandes pólos de comunicação, mas de… blogueiros. É isso.

Ricardo Oliveira

One Reply to “De onde pode surgir informação audiovisual de qualidade?”

  1. Obviamente sou suspeito pra dizer, mas ótimo post Ricardo.

    A sua última frase também é algo que penso, e que me motiva: “essa qualidade toda, não está saindo da mídia convencional ou de grandes pólos de comunicação, mas de… blogueiros.”

    Quanto ao player do Enxame, ele ainda vai mudar e melhorar bastante, pra oferecer opções com baixa qualidade do vídeo e código para embed.

    Continuamos usando o Blip.TV também, e a idéia é disponibilizar nas mais diferentes ferramentas. O YouTube não aceita mais do que 10 minutos, mas vou sempre colocar no Videolog.

    Qq sugestão, pode mandar ver lá na lista que estamos anotando tudo.

    abs

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