Star Trek (J. J. Abrams, 2009)


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– A nova versão do Guia Cenário Cultural, com nova programação gráfica, ficou bem legal. E a página da crítica desta edição ficou, excepcionalmente, bem espaçosa. Segundo Sarinha, não será assim sempre em termos de espaço, mas a garantia de beleza é certa. Abaixo, segue uma versão um pouco maior do texto, a primeira versão – agora por lá os textos serão um pouquinho menores.

Assim como talvez a maioria de vocês, leitores do blog, eu não sou um especialista na série Jornada das Estrelas. Digo isso pois a mitologia que envolve nada menos que 11 filmes, livros e temporadas de televisão, faz de qualquer fã um interessado em se especializar no assunto ao extremo. E é claro que ao entrarmos na sala de cinema temos medo de encontrar alguém vestido de capitão Spock. Ao analisar a produção, porém, devemos falar de cinema – e não de curiosidades herméticas. Aqui, J. J. Abrams narra-nos basicamente a história do encontro entre dois personagens aparentemente antagônicos: o jovem habilidoso e irresponsável Kirk e o gênio extraterrestre quase sem emoções Spock. A dinâmica de colocá-los em oposição durante o filme é sustentada e esquecida por muitas vezes, tendo seus pontos altos quando suas diferenças são ressaltadas. Se melhor amarrado, esse jogo proposto entre eles renderia bem mais que pequenas boas cenas, mas sim um todo coeso. Logo, sobre este novo Star Trek, algo precisa ficar claro, sem qualquer tipo de análise comparativa e desnecessária com filmes anteriores: mesmo que seja uma obra limitada quando não se calca na ação e efeitos especiais, consegue nos divertir e entender que nem sempre a lógica é a solução pra todas as coisas.

Ricardo Oliveira

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