Voltando àquela série de posts do Diversitá de antigamente. No Rápido&Rasteiro você dificilmente terá algum pensamento aprofundado sobre alguma coisa. No máximo algo superficial mesmo, para apenas indicar, sugerir sons, filmes, jogos e afins.
CINEMA
O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel (Peter Jackson) | DVD | ****
Eu devo ter visto esse filme umas 3 ou 4 vezes na adolescência e início da cinefilia. Naquela época, obviamente, havia um grande encanto por efeitos especiais e “Forrest Gump” era um dos meus filmes preferidos. As coisas mudam, mas ele continuou forte na revisão (e não ligo considerar a afetividade em torno da trilogia). Não é uma obra-prima como O Retorno do Rei, porque tem pressa quando não deveria e falas demais quando não precisava. Jackson sabe como filmar grandes aventuras e teve sua chance de ouro nessa trilogia. Comprei o box com os três filmes baratinho e realizei o sonho daquela época: ter todos os livros e filmes na prateleira.
Pânico em Hollywood (Barry Levinson) | DVD (genérico) | *
Um filme descompassado que quer criticar Hollywood e seus produtores carrascos, seu cinema que não ousa. O filme também não ousa e sua coragem de criticar é bastante limitada e boba. Soa como um “filme de férias” que De Niro chamou Bruce Willis pra participar e Sean Penn pra fazer ponta.
Funny People (Judd Apatow) | PC | ***
Um tanto decepcionante para um fã de Apatow que considera O Virgem de 40 Anos um grande filme e Ligeiramente Grávidos um dos melhores da década. Os diálogos de Apatow continuam bons, mas a história se perde lá pela metade. Ele tem muita classe filmando, e Funny People muitas vezes está mais para drama do que comédia. Entretanto, como já vem sendo observado nos outros filmes, Apatow está mesmo interessado em recriar com cuidado o gênero.
Sonata de Tóquio (Kyoshi Kurosawa) | PC | ****
Foi interessante descobrir, depois de ver o filme, que esse Kurosawa (que não é parente do Akira) é um dos responsáveis pelo auge do horror japonês que influenciou as versões gringas O Chamado e etc. Isso porque em determinado momento, o filme que esbanja certa tensão e frieza constante, vira outra coisa. Do meio pro final, ele não chega a se tornar um filme de terror, mas parece que Kurosawa suspende sua história e leva seus personagens a um extremo que, enfim, traz as mudanças sugeridas delicadamente. O final é um dos mais tocantes dos últimos tempos. Eleito um dos melhores de 2009 pela Cahier du Cinema.
MÚSICA
Estou ouvindo/conhecendo…
Jay-Z – The Blue Print 3 (2009)
Não tenho muita paciência pra hip-hop, mas o trabalho de Jay-Z está excepcional nesse álbum e músicas como D.O.A. vão ficar pra história – nem que seja a minha.
Ed Motta – Piquenique (2009)
Depois das experimentações de Dwitza (que gostei com moderação) e Aystelum (que achei chato), Motta retorna o estilo que o consagrou: soulpop rasgado e fácil de digerir, mas com camadas instrumentais ótimas e letras divertidas. Vai demorar na playlist.
Friendly Fires – Friendly Fires (2008)
Uma mistura de Jamiroquai com Bloc Party e pitadas de nu jazz. Vibrante, mas assistir os vídeos no YouTube tem sido bem mais legal que o álbum até agora. Isso porque o vocalista impulsiona a plateia com suas danças malucas e o instrumental vibra bem mais.
Band of Skulls – Baby Darling Doll Face Honey (2009)
Conheci através daquelas indicações de 30 segundos da MTV e tenho gostado desse power trio que, em alguns momentos, me lembra as coisas que eu gostava em The White Stripes. Vozes bem legais num rock cheio de blues e uns momentos folks mais melancólicos que não gosto muito.
JOGOS
Osmos (Hemisphere Games, 2009)
Aproveitando a promoção de fim de ano que a Steam fez, pedi dicas ao Fábio Bracht do Continue e ele me passou o Osmos. Comprei e não me arrependo: um casual game, que em alguns momentos me lembra World of Goo pelos acertos na física da coisa toda. Você é uma espécie de amebinha que cresce à medida que “engole” outras no espaço. São várias fases que brincam com forças gravitacionais e coisas que parecem vírus, bactérias e afins. Enfim, talvez até sirva pra algum professor de biologia. Tem uma trilha sonora zen que às vezes enjoa, mas cumpre seu papel em alguns momentos: “relaaaaaaxa…”