[Música]: Zé Maria e o “Ôooooo” do Coldplay no Rio de Janeiro

O show do Coldplay

O amigo Zé Maria teve a chance-única-na-vida de ir a um show do Coldplay. Foi, curtiu, fotografou e escreveu um texto contando a experiência para os leitores do Diversitá. Segue abaixo o relato completamente apaixonado pela banda e pelo Ôooooo de “Viva La Vida”. Eu queria ter estado lá.

Zé Maria e o “Ôooooo” do Coldplay no Rio de Janeiro

por Zé Maria*

A galera ensandecida gritando ÔÔÔÔÔÔÔÔÔÔ…já  revelava: o show do Coldplay ia arrepiar, afinal, muito do espetáculo é feito do que a gente dá ao grupo também. E nós estávamos realmente ansiosos para contribuir. Ainda bem que a banda não fez suspense e entrou impecavelmente às 20h30 – pontuais como verdadeiros súditos da rainha (atraso de meia-hora no Brasil é pontualidade).

Os globos suspensos com “Viva la Vida” e a pintura de Delacroix não deixavam dúvida… É o Coldplay, é o Coldplay! Não demora para a banda chegar de fato e incediar a Praça da Apoteose.”Life in Techinocolor” e “Violet Hill começam o show, mas meu coração pára quando iniciam os acordes de “Clocks”, uma das minhas favoritas… A cantoria do público fascina Chris, que agradece com a habitual bandeira verde-amarela em punho.

“Eu já não tinha mais voz a partir daí. Voz? Aparece voz…são os acordes
de Viva la Vida
.Se já não bastasse toda a loucura de ver sua banda preferida a 10 passos de distância, a produção do show ainda nos brinda com diversas surpresinhas. Começando por um monte de bolas amarelas gigantes pulando em cima de nós, enquanto a banda canta “Yellow” . Logo após, “Glass of Water” e “42” diminuem a agitação, por não serem grandes hits, mas para que? Se logo após a banda acaba com a gente, de novo, com o show de luzes e fogos de artifício em “Fix You”.

A bonitinha “Strawberry Sing”, alivia tudo e dá entrada ao momento intimista do show. A banda inteira vai até a ponta de uma passarela e faz um mini-acústico, tocando “God put a smile upon your face” e “Talk”, os companheiros de Chris o abandonam para que este dê seu show particular de piano em “The hardest part”. e “Postcards From Far Away. Eu já não tinha mais voz a partir daí. Voz? Aparece voz…são os acordes de “Viva la Vida”, preciso cantar, preciso gritar…Emocionante ver o pessoal todo pulando com o que parece ter se tornado o grande hit da banda… ÔÔÔÔÔÔÔÔÔ…Voz? Voz?

Chris Martin ao pianoSem poder gritar o jeito é pular ao som da animada “Lost”… Show, por favor não acabe agora. Mas de repente a banda some, desce do palco, caminha até o meio do público e sobem numa pequena palataforma par cantar a linda “Shiver”, “Death will never Conquer” e a inédita “Dom Quixote/ Spanish Rain”. Nesse momento a pista VIP ficou relegada a ver o show dos globos pendurados no palco. Eu achei o máximo… eheheheh!

Mas a banda logo chega pertinho, agora para encerrar a apresentação, sem antes jogar para o alto milhares de borboletas de papel ao som de “Lovers in Japan”… É a cena mais linda do show! Pena que eu fiquei no meio e as borboletas caiam nas laterais (nada que a “operação cata-borboleta” no chão da Apoteose não tenha resolvido). “Death and all his friends” marca o fim…O Coldplay some…Snif, snif…Mas o ÔÔÔÔÔÔÔÔÔ do público não pára e a banda, então, tem que “go back to the start” como diz a letra de “The scientist’, cantada antes de tudo realmente acabar com a primeira música, “Life in Technicolor”, agora não apenas instrumental. A banda se vai , deixando o show pirotécnico encerrar por eles.

Depois de duas horas levando chuva, pulando, se emocionando e cantando, era a despedida de um show inesquecível. Chris Martin é um louco. Pula, cai, erra (ou finge que erra), brinca… É incrível a sensação de intimidade com o público! É incrível como banda funciona bem ao vivo, como as músicas são lindas… Mas todas essas impressões agora fazem parte da memória… ÔÔÔÔÔÔ… Não, a amiga voz agora, realmente, foi embora…

*Zé Maria é professor de publicidade e propaganda no IESP, mestrando em culturas midiáticas audiovisuais pela UFPB, cinéfilo e fã do Coldplay.

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