Há coisas que passam na TV e são o suficiente para despertar a curiosidade daqueles que se interessam pelo curioso. A mídia geralmente os trata como aquela “coisa-estranha-feita-por-aquele-povo-estranho” (sem que notemos, claro) e a gente filtra essa parte. Ouvi falar de “A Descoberta das Américas” há algum tempo que não sei mais e realmente fiquei interessado em assistir o espetáculo. Trata-se de um monólogo do grupo Leões de Circo Pequenos Empreendimentos (RJ), interpretado pelo ator Júlio Adrião – vencedor do prêmio Shell em 2005 por sua atuação.
A questão é que, como se já não bastasse contar a história do descobrimento de uma parte das américas sozinho, ele ainda faz isso com mímicas e onomatopéias. Não tem como explicar muito bem, porque eu mesmo só entendi quando vi um trechinho. E você pode conferir isso no vídeo abaixo.
A notícia boa é que o Outubro do Teatro que está rolando aqui na capital está trazendo o espetáculo na próxima sexta (19). Será apresentado às 20h no Teatro Lima Penante (humpf…) dentro do 3° Festival de Monólogos da Paraíba e a entrada é gratuita. Não tenho mais o que falar. Deixo você com a sinopse e o vídeo.
Um Zé Ninguém malandro embarca por engano em uma das caravelas de Colombo, após ter sua namorada bruxa assada pela Inquisição. No novo mundo, ele sobrevive a um naufrágio, é preso e quase engolido pelos índios. Safa-se fazendo “milagres”. Venerado como Filho da Lua, ele treina, catequiza e guia os índios num exército que expulsa os espanhóis invasores. A peça conta, através de onomatopéias e mímicas, a triste história da ocupação das Américas e dos massacres dos índios. Por sua atuação, Júlio Adrião ganhou o prêmio Shell 2005.
[Direção: Alessandra Vanucci / Duração: 1h30]
Ricardo Oliveira